Saturday 12 April 2014

"...o melhor pra nós dois..."

se você me conhece, uma das minhas características mais marcantes com certeza é que eu mudo de opinião (e humor) direto; é engraçado pra algumas coisas, e bem ruim pra outras; o que já era de ser esperado, mas hoje eu vou falar sobre exatamente o contrário disso: algumas coisas persistem, por anos e anos.

de uma certa maneira, quando algo funciona assim pra mim eu sei que é certo, porque se mesmo eu, não mudo de opinião sobre isso, então não tem como ser errado. o pensamento claro é bem lógico, e até bem simples, mas pra quem me conhece sabe que é raríssimo, e até bem surpreendente. mesmo assim tem duas categorias distintas: coisas que eu me questiono sempre e nunca mudo de opinião, e coisas que eu nunca mudo de opinião e nunca preciso me questionar.

essa última, claro, é a mais rara; e pra ser bem sincero, não sei se tinha acontecido com relação à uma pessoa antes. pois bem, hoje eu me toquei que acontece. e resolvi escrever sobre isso.

há alguns meses a gente voltou a se falar depois de um tempão sem notícias um do outro. e tenho a dizer que foi ótimo, decisão mais acertada dos últimos anos. depois de tantos tempo sem se falar, eu meio que tinha esquecido como era daora ter você por perto, e fiquei até meio puto comigo mesmo; do tipo, como foi que eu demorei tanto tempo pra retomar essa amizade?

o problema é que o passado tem um certo jeitinho todo especial (e só dele) de nos assombrar, de voltar pra cobrar as dívidas. e eu lembrei também por que a gente tinha parado de conversar.
o mais interessante disso tudo, é que eu sempre acho um jeito pra esse tipo de coisa, eu sempre consigo enxergar o que está errado e ver o lado dos outros, mas nesse caso, eu absolutamente não tenho idéia do que dá errado, mas eu sei que simplesmente dá. po, isso me incomoda horrores; eu não tô ok com o fato da gente estar separado de novo. eu gostava (e gosto) de tudo que a gente fazia junto, e mesmo que fosse pouco, certeza que era melhor do que agora.

talvez eu não saiba separar as coisas, mas é porque eu gosto de você, e eu não tô fazendo nada demais, nem pedindo nada demais, só que eu não gosto de como as coisas ficaram, e esse é meu jeito de fazer algo sobre isso. se não der certo, paciência, eu posso viver com esse fato. o que eu não consigo fazer é deixar tudo como está, porque eu tenho certeza que em algum ponto eu vou te ver e vou olhar pra trás e pensar:

por que eu não fui atrás quando ainda dava tempo?